Anais do Evento

As toras de desbastes de Tectona grandis costumam ser vendidas para fins bioenergéticos. Entretanto, efeitos da biodeterioração e intemperismos podem modificar a qualidade da madeira estocada em campo até sua comercialização. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de uso bioenergético de toras de T. grandis estocadas há cerca de três anos. O material estudado foi proveniente de 10 indivíduos de cinco anos de idade, localizado em Capitão Poço, Pará. Primeiramente, cada tora foi seccionada em cunhas, representando a base, meio e topo. 60 cunhas opostas foram usadas para determinação da umidade e densidade básica. Ao passo que as demais, foram reduzidas granulometricamente, homogeneizadas em peneiras de 40 e 60 mesh e usadas para análise imediata, com seis repetições. Por fim, os valores do teor de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo foram utilizados para estimar o poder calorífico superior e útil. Como resultados, são exibidas as médias e seus respectivos erros padrões. A umidade foi de 26,97% ± 0,81 e densidade básica de 366,12 kg.m^-³ ± 8,23. Observamos ainda teor de materiais voláteis de 79,47% ± 1,09, cinzas de 1,00% ± 0,08 e carbono fixo de 19,53% ± 1,09. As estimativas do poder calorífico superior foram de 19,29 MJ.kg^-1 ± 0,22 e do poder calorífico útil de 12,35 MJ.kg^-1 ± 0,16. Desse modo, concluímos que a biomassa estudada pode ser indicada para queima direta, ao passo que seu emprego energético pode ser potencializado com a secagem e/ou conversão em biocombustíveis sólidos adensados.