Anais do Evento
Tópicos especiais
Procedimentos para Quantificação da Composição Química de Caroços de Açaí (Euterpe Oleracea Mart.)Paulo R. S. de Oliveira1, José A. dos S. Júnior2, Eduardo L. de Almeida3, Ananias F. D. Júnior4, Francides G. da S. Júnior1, José O. Brito1
1Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ, Universidade de São Paulo (USP), 2Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita filho” – UNESP, 3Centro de Energia Nuclear na Agricultura – CENA, Universidade de São Paulo (USP), 4Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
E-mail: renatosarievilo@usp.br
A determinação dos componentes químicos majoritários é essencial para valorização de biomassas. O objetivo desta pesquisa foi comparar procedimentos de quantificação química, usando diferentes frações de caroços de E. oleracea. O material foi coletado em dez agroindústrias de Belém/Pará, lavados, secos em estufa a 103 ±2 ºC e reduzidos em moinho de facas. Posteriormente, foi homogeneizado por meio de um conjunto de peneiras e calculadas as porcentagens das frações retidas em 35 e 60 mesh, a partir de cinco repetições. Para quantificação dos teores de extrativos totais e lignina insolúvel seguiram-se as normas TAPPI T204 cm17 e T222 om-22, adaptada por Gomide e Demuner (1986), respectivamente. O teor de cinzas foi determinado pela norma ASTM E1755-01. Avaliamos a fração granulométrica recomendada (FR) pelas normas supracitadas; e a fração encontrada (FE) durante os ensaios de classificação: 91,27% > 35 mesh e 8,73% < 60 mesh. Foram realizados seis testes por tratamento para cada característica avaliada. Se fez a comparação das frações por meio do teste t Student, após confirmação das pressuposições com os testes Shapiro-Wilk e Levene, todos à 5% de probabilidade. A lignina insolúvel variou de 27,15 (FC) a 27,07% (FE), sem diferença estatística. Já o teor de extrativos apresentou média de 13,82 e 9,20% e cinzas de 1,32 e 1,50% para FR e FE, respectivamente. Ambos tiveram diferença estatística. Concluímos que a fração granulométrica sugerida na norma não amostra a composição química do material, de modo que se requer um detalhamento destes componentes por meio de novos estudos.
Palavras-chave: Biomassa; Resíduos agroindustriais; Amazônia; Componentes químicos.
Agradecimentos: Ao Laboratório de Tecnologia de Produtos Florestais (LTPF) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), e ao Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE) da Universidade de São Paulo (USP).
