Anais do Evento

Ensaios de apodrecimento acelerado são métodos rápidos para avaliar o comportamento de espécies madeireiras expostas à ação de fungos de podridão. Estes ensaios integram o protocolo de testes utilizados pelo Laboratório de Produtos Florestais – LPF para caracterizar tecnologicamente as espécies de madeiras estudadas no centro de pesquisa. Neste trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico dos ensaios de apodrecimento acelerado realizados no LPF nos últimos 15 anos, tanto em publicações disponíveis na biblioteca do LPF, quanto em artigos científicos. A norma utilizada como referência para os ensaios realizados no período indicado foi a ASTM D 2017-05 - Standard test method of accelerated laboratory test of natural decay resistance of woods. A partir deste recorte, foram identificados dados de cinquenta e seis espécies florestais, em sua maioria, nativas, quase sempre amazônicas. Entre as quais, 54 espécies foram testadas contra fungos de podridão branca e parda. Dezenove espécies foram relacionadas em mais de uma classe de resistência, em razão do fungo estudado. Vinte e uma espécies foram classificadas como altamente duráveis frente a fungos de ambos os tipos de podridão. Dentre elas, o ipê (Handroanthus incanus), jatobá (Hymenaea courbaril), tatajuba (Bagassa guianensis), maçaranduba (Manilkara huberi), roxinho (Peltogyne paniculata) e cumaru (Dipteryx odorata). O roxinho apresentou o menor dado de perda de massa, enquanto o marupá (Simarouba amara) foi a espécie de menor resistência. A promoção e divulgação de estudos sobre a durabilidade natural de espécies madeireiras é uma das formas para melhorar a indicação de uso das madeiras disponíveis no mercado brasileiro.